quarta-feira, 29 de agosto de 2007

And so it is

Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky


I can't take my eyes off of you

I can't take my eyes...my eyes...my eyes...


And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze

Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial


I can't take my eyes off of you

I can't take my eyes...my eyes...my eyes...


Did I say that I love you? Did I say that I want to Leave it all behind?


Leave it all behind?Did I say that I love you?Did I say that I want to

Did I say that I want to Leave it all behind?Did I say that I love you?


I can't take my mind off of you

I can't take my mind...

my mind...

my mind...



(Damien Rice - Tema do filme Closer)

domingo, 26 de agosto de 2007




Sempre viveram no mesmo barco
da mesma marinha,
da mesma rainha,
da mesma bandeira...
...foram seguindo os astros...


cortaram as amarras e os nós
deixando pra trás o porto e o cais
gritando até perder a voz


Em busca do imenso,
Do silêncio mais intenso
Que está depois dos temporais


E assim foram sempre em frente
Fazendo amor pelos sete mares

Seguindo os ventos
As marés e as correntes

Não havia arrecifes, bancos de areia
Nem temores, nem mais dores


Não havia cansaço.
Só havia,
azul e espaço...
azul e espaço...
azul e espaço...



Impressões de uma canção de Ivan Lins e Vitor Martins




sábado, 25 de agosto de 2007

Quando eu não te vejo
eu perco rumo


Tomo banho, me perfumo

Vou pra cama e não durmo

Mordo travesseiro

Me lambuzo de batom

Sinto o teu cheiro

Me embolo no lençol

Enlouqueço

Hum...eu fico rouca

Tiro a roupa me aqueço

Não te esqueço e

adormeço pra sonhar de ter você.

Quando eu não te vejo

Eu perco rumo

Tomo banho me perfumo


Vou pra cama e não durmo...




Naila Skorpio E Guto Graça Melo

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Não vá ainda

Variação sobre uma composição de
Zélia Cristina Duncan e Christiaan Oyens





como viver
indo embora
sem despedaçar
me diga como



me diga
como você pode
como viver
indo embora
como você pode viver
sem se despedaçar
indo embora
sem despedaçar
sem se despedaçar
me diga como

me diga como
você pode
viver
sem se despedaçar


My baby ever treats me sweet and gentle the way he should;

I got it bad and that ain't good!

My poor heart is sentimental not made of wood

Cause I got it bad and that ain't good!

When the weekend's over and monday rolls aroun'

I end up like I start out just cryin' my heart out

Lord above me make him love me the way he should

I got it so bad and that ain't good!



Performed by Nina Simone
Album Blues
More Nina Simone lyrics...


Original lyric of

"I Got It Bad (And That Ain't Good)"



(1941)
Paul Francis Webster
Duke Ellington



The poets say that all who love are blind

But I'm in love and I know what time it is!

The Good Book says "Go seek and ye shall find"

Well, I have sought and my what a climb it is!

My life is just like the weather

It changes with the hours

When he's near I'm fair and warmer

When he's gone I'm cloudy with showers;

in emotion, like the ocean it's either sink or swim

When a woman loves a man like I love him.

Never treats me sweet and gentle the way he should;

I got it bad and that ain't good!

My poor heart is sentimental not made of wood

I got it bad and that ain't good!

But when the weekend's over and monday rolls aroun'

I end up like I start out just cryin' my heart out

He don't love me like I love him nobody could

I got it bad and that ain't good!

Like alonely weeping willow lost in the wood

I got it bad and that ain't good!

And the things I tell my pillow no woman should

I got it bad and that ain't good!

Tho folks with good intentions tell me to save my tears

I'm glad I'm mad about him I can't live without him

Lord above me make him love me the way he should

I got it bad and that ain't good!

terça-feira, 21 de agosto de 2007


Inclinado nas tardes lanço as minhas tristes redes
aos teus olhos oceânicos.
Ali se estira e arde na mais alta fogueira
a minha solidão que esbraceja como um náufrago.


Faço rubros sinais sobre os teus olhos ausentes
que ondeiam como o mar à beira de um farol.
Somente guardas trevas, fêmea distante e minha,
do teu olhar emerge às vezes o litoral do espanto
.


Inclinado nas tardes deito as minhas tristes redes
a esse mar que sacode os teus olhos oceânicos.
Os pássaros noturnos debicam as primeiras estrelas
que cintilam como a minha alma quando te amo.

Galopa a noite na sua égua sombria
derramando espigas azuis por sobre o campo.
Pablo Neruda

sábado, 18 de agosto de 2007




Pensei seduzir você com algo bem provocante



Gingando num bambolê, me equilibrando em barbante



Dançando numa TV, coberto com diamantes



Num carrão zero, por que que eu não pensei nisso antes?





Pensei seduzir você daquele instante em diante







Além de fazer crochê, pensei dar vôo rasante



Ir ao cinema, escrever, reinar nesse caos reinante



Impressionante, por que que eu não pensei nisso antes?




Pensei seduzir você, fazendo ar de importante









Te oferecendo um apê, um drinque ou um refrigerante



Testando HIV, consultando cartomante



Só sobre a gente, por que que eu não pensei nisso antes?





Pensei seduzir você domesticando elefantes






Cuidando bem de bebês, doando-me pra transplantes


Eu mesmo ser meu dublê, meu próprio representante


Por cargas d'água, por que que eu não pensei nisso antes?









Pensei seduzir você mostrando-me confiante


Plantando um pé de ipê, ecólogo ambulante


Limpando o rio Tietê e outros rios restantes


Ser carioca e baiano, por que que eu não pensei nisso antes?



Pensei seduzir você, mudando-me qual mutante



De alguma estrela trazer um raciocínio brilhante





Bater no peito e dizer, num brado bem retumbante



Só penso em você, por que que eu não pensei nisso antes?







Itamar Assunção










quinta-feira, 16 de agosto de 2007





Flores para quando tu chegares

Flores para quando tu chorares

Uma dinâmica botânica de cores

Para tu dispores, pela casa




Pelos cômodos, na cômoda do quarto

Uma banheira repleta de flores

Pela estrada, pela rua, na calçada

Flores no jardim

Pétalas ao vento, para tu contares

Para além dos nomes, que possam dizê-las




Flores pra compores
Metaforazantes, de comê-las
Para quando tu chegares
Flores para quando tu chorares
Uma dinâmica botânica de cores
Para tu dispores, pela casa



Pelos cômodos, na cômoda do quarto

Uma banheira repleta de flores

Pela estrada, pela rua, na calçada

Flores para mim

Flores pros meus braços

Ofertá-las para parabenizar-te



Flores quantas flores, forem necessárias


Pra perguntares pra que tantas flores


Fred Martins e Marcelo Diniz

quarta-feira, 15 de agosto de 2007



Depois de ter você

Pra que querer saber

Que horas são?






Se é noite ou faz calor


Se estamos no verão


Se o sol virá ou não




Ou pra que é que serve

Uma canção como esta?




Depois de ter você

Poetas para quê?

Os deuses, as dúvidas





Pra que amendoeiras pelas ruas?



Pra que servem as ruas?



Depois de ter você...





Adriana Calcanhoto


segunda-feira, 13 de agosto de 2007




Cheguei a tempo de te ver acordar

Eu vim correndo à frente do sol


Abri a porta e antes de entrar

Revi a vida inteira


Pensei em tudo que é possível falar

Que sirva apenas para nós dois

Sinais de bem, desejos vitais

Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais

Do céu azul, das flores de abril

Pensar além do bem e do mal

Lembrar de coisas que ninguém viu


O mundo lá sempre a rodar

E em cima dele tudo vale

Quem sabe isso quer dizer amor?


Estrada há de fazer o sonho acontecer


Pensei no tempo e era tempo demais

Você olhou sorrindo pra mim

Me acenou com beijos de paz

Virou minha cabeça


Eu simplesmente não consigo parar


Lá fora o dia já clareou

Mas se você quiser transformar

O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar

Aonde nasce a fonte do ser


E perceber meu coração

Bater mais forte só por você


O mundo lá sempre a rodar,

Em cima dele tudo vale


Quem sabe isso quer dizer amor?

Estrada há de fazer o sonho acontecer



Lô Borges / Márcio Borges


domingo, 12 de agosto de 2007



It's not enough
To hold the world im my arms for the night
I'd have nothing
No reason to write


It's not enough
To hold the key to the stars and the heavens
If heaven is just a place
In space


All of these plans I have made
And lands I've laid to waste
These crazy dangers
I've been all too willing to face
When love was all I ever wanted...


It's not enough
To watch the wheels as they spin in your mind
I'm blind
If I can't see the heaven
In your eyes


Marina Lima/Pat McDonald/Reed Vertelney

sexta-feira, 10 de agosto de 2007



Como esta noite findará

E o sol então rebrilhará

Estou pensando em você...

Onde estará o meu amor?




Será que vela como eu?

Será que chama como eu?

Será que pergunta por mim?


Onde estará o meu amor

Se a voz da noite responder

Onde estou eu, onde está você

Estamos cá dentro de nós

Sós...


Onde estará o meu amor?

Se a voz da noite silenciar

Raio de sol vai me levar

Raio de sol vai lhe trazer

Onde estará o meu amor?



Chico César

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Eu te amo









Ah, se já perdemos a noção da hora


Se juntos já jogamos tudo fora


Me conta agora como hei de partir








Ah, se ao te conhecer






Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios



Rompi com o mundo, queimei meus navios



Me diz pra onde é que ainda posso ir






Se nós nas travessuras das noites eternas


Já confundimos tanto as nossas pernas

Diz com que pernas eu devo seguir






Se entornaste a nossa sorte pelo chão


Se na bagunça do teu coração




Meu sangue errou de veia e se perdeu



Como, se na desordem do armário embutido


Meu paletó enlaça o teu vestido


E o meu sapato ainda pisa no teu




Como, se nos amamos feito dois pagãos

Meus seios ainda estão nas tuas mãos


Me explica com que cara eu vou sair





Não, acho que estás te fazendo de tonta


Te dei meus olhos pra tomares conta


Agora conta como hei de partir



(Antônio Carlos Jobim, Chico Buarque)



Sentimental eu sou

Eu sou demais

Eu sei que sou assim

Porque assim ela me faz

As músicas que eu

Vivo a cantar

Têm o sabor igual

Por isso é que se diz

Como ele é sentimental

Romântico é sonhar

E eu sonho assim

Cantando estas canções

Para quem ama igual a mim

E quem achar alguém

Como eu achei

Verá que é natural

Ficar como eu fiquei

Cada vez mais

Sentimental
Evaldo Gouveia / Jair Amorim

terça-feira, 7 de agosto de 2007

ESPERANDO AVIÕES

Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito

E o louco que ainda me resta

Só quis te levar pra festa

Você me amou de um jeito tão aflito


Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia

Seu sangue correndo em minha veia

Seu cheiro morando em meus pulmões


Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia

Esperando que você me leia

Sou pista vazia esperando aviões

Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações



(Vander Lee)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Lembra



Lembra de mim
Dos beijos que escrevi nos muros a giz
Os mais bonitos continuam por lá
Documentando que alguem foi feliz


Lembra de mim
Nos dois nas ruas provocando os casais
Amando mais do que o amor e capaz
Perto daqui, ah! tempos atras


Lembra de mim
A gente sempre se casava ao luar
Depois jogava nossos corpos no mar
Tao naufragados e exaustos de amar

Lembra de mim
Se existe um pouco de prazer em sofrer
Querer te ver talvez eu fosse capaz
Perto daqui, ou, tarde demais

Lembra de mim...

Vitor Martins / Ivan Lins