quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Nada Personal

Entre tu y yo no hay nada personal,
es sólo el corazón que desayuna,
come y cena de tu amor
en el café de la mañana,
la canción de la semana
que muchas veces me emociona
y otras tantas me hace daño.

Entre tu y yo no hay nada personal,
y sin embargo duermo entre mis sábanas
soñando con tu olor,
vives aquí en mis sentimientos,
me ocupaste el pensamiento.
Quizas te añore mas no hay nada personal.

Aunque inventes los detalles
y te encuentre en cada calle
yo te juro que no hay nada personal.
Sacas a flote mis tragedias
y de repente las remedias.
Me haces loco, me haces trizas, me haces mal.

Y así en los dos no hay nada personal
te llevo en cada gota de mi sangre
y en el paso de mi andar.
No necesito arrinconarte
ni antes de dormir besarte
y es que en nosotros ya no hay nada personal."


Armando Manzzanero

domingo, 4 de outubro de 2009

Depois de ter você - II

Poetas para quÊ? Poetas para quê?

Os deuses, as ruas. Os deuses, as ruas

Pra que amendoeiras pelas ruas? Pra que amendoeiras pelas ruas?

Para que servem as ruas? Para que servem as ruas?

Depois de ter você.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

...só uma gota de sangue em forma verbal...


Se ao menos esta dor servisse
se esta dor se visse

se ela batesse nas paredes

abrisse portas

falasse

se ela cantasse e despenteasse os cabelos


se ao menos esta dor se visse

se ela saltasse fora da garganta como umgrito


caísse da janela

fizesse barulho

morresse



se a dor fosse um pedaço de pão duro


que a gente pudesse engolir com força


depois cuspir a saliva fora


sujar a rua os carros o espaço o outro


esse outro escuro que passa indiferente
e que não sofre
e tem o direito de não sofrer




se a dor fosse só...

se a dor fosse...


se a dor fosse só a carne...




se a dor fosse só a carne do dedo

que se esfrega na parede de pedra

para doer
doer doer visível

doer penalizante
doer com lágrimas




se ao menos esta dor
sangrasse...







(vi dois créditos a Manoel Saramago e alguns a Renata Pallottini,

quem souber qual é o verdadeiro, por favor, avise)


domingo, 9 de agosto de 2009

Say, what do you want?


You know who can be your love, baby

I can't be anyone, all right


You've broken my heartI


need your love, girl


Say, what do you want ?


Me dream, my dream is you

I want to make you love me, girl


Do you have, yeah, other love?


Do you have other love?


I've never been your great love



But I've to try again



I never say goodbye,


I need your love, girl



Ed Motta
Bom Bom

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ah! não chores por mim, quando eu tiver morrido,
senão enquanto, soturno e triste, o sino soluçar
Dizendo ao mundo vil que dele, enfim, hei partido
Entre os vermes, mais vis ainda, irei morar;
Não, não te lembres, se tu leres estas rimas, da mão que as escreveu;
porque eu te adoro, e tanto, que chego a preferir da mente me suprimas,
se ao pensares em mim te amargurar o pranto.
Se estes meus versos - digo - olhares algum dia,
quando eu tiver com a argila a carne confundida,
não murmures sequer meu nome sem valia,
Mas deixa teu amor findar com minha vida;
Não vendo tua mágoa, o sábio mundo, assim,
Não zombará de ti servindo-se de mim.

William Shakespeare

Soneto 90

Odeia-me, portanto; agora,
se é preciso:



Agora, em tudo, o mundo insiste em contrariar-me;
Não me causes mais tarde um súbito prejuízo,
Une-te logo à sorte cruel, vem humilhar-me.
Quando minh'alma houver fugido ao meu tormento,
Não surjas no último escalão
de dor vencida:


Não dês
manhã de chuva à noite com seu vento,
A fim de
prolongar derrota
decidida.
Se me deixares, não me deixes só no fim,
Quando se houver
cumprido tanta dor menor;
Vem no primeiro ataque: eu
sofrerei assim,
De plano, o que a fortuna oferecer de pior.
E outras
formas de dor,
que ora parecem dor,
Junto de tua perda não terão tal
cor.
William Shakespeare

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Cicatrizes


Amor que nunca cicatriza

Ao menos ameniza a dor


Que a vida não amenizou Que a vida a dor domina Arrasa e arruína Depois passa por cima a dor Em busca de outro amor Acho que estou pedindo uma coisa normal Felicidade é um bem natural Uma, qualquer uma Que pelo menos dure enquanto é carnaval Apenas uma Qualquer uma Não faça bem Mas que também não faça mal Meu coração precisa Ao menos ameniza a dor Que a vida não amenizou Que a vida dor domina Arrasa e arruína Depois passa por cima a dor Em busca de outro amor Acho que estou pedindo uma coisa normal Felicidade é um bem natural Uma, qualquer uma Que pelo menos dure enquanto é carnaval Apenas uma Qualquer uma


Não faça bem

Mas que também não faça mal...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Cuida de Mim



Pra falar verdade, às vezes minto

Tentando ser metade do inteiro que eu sinto

Pra dizer as vezes que às vezes não digo

Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo

Tanto faz não satisfaz o que preciso

Além do mais, quem busca nunca é indeciso

Eu busquei quem sou;

Você, pra mim, mostrou

Que eu não sou sozinho nesse mundo.





Cuida de mim enquanto não esqueço de você


Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.


Cuida de mim enquanto não me esqueço de você


Cuida de mim enquanto finjo, enquanto finjo, enquanto fujo.



Basta as penas que eu mesmo sinto de mim

Junto todas, crio asas, viro querubim

Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir

Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir

Quero mais, quero a paz que me prometeu

Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.





Fernando Anitelli

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009




Há flores de cores concentradas.

Ondas queimam rochas com seu sal.

Vibrações do sol no pó da estrada

Muita coisa, quase nada

Cataclismas, carnaval .



Há muitos planetas habitados

E o vazio da imensidão do céu.



Bem e mal e boca e mel
E essa voz que Deus me deu

Mas nada é igual a ela e eu.

Lágrimas encharcam minha cara

Vivo a força rara desta dor



Clara como o sol que tudo anima

Como a própria perfeição da rima para amor.



Outro homem poderá banhar-se

Na luz que com essa mulher cresceu



Muito momento que nasce

Muito tempo que morreu

Mas nada é igual a ela e eu
Caetano Veloso

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Depois do Amor

Tocando a mão eu posso mais tocar
passando a mão posso querer
quero o seu toque, quero viver mais
no seu enfoque a luz é mais

O seu amor é mais
é mais do que demais
estoque de paixões

O choque vem de tanto mais amar
que a dor é coisa de quem vai amar
dei um retoque no meu coração
mas o remoque da paixão

errei, deu certo não
eu vim mesmo pedir
foi mesmo por você
desvão do meu prazer

Esquece a minha confusão
se é dor, não é muito não
eu quero é mais viver

Contigo é bom demais
por ti é bom demais
assim fica demais
nem quero ver.
Celso Adolfo