quinta-feira, 24 de julho de 2008

Estuans interius



Queimando por dentro com ira veemente, com amargura
Digo a mim mesmo: feito de matéria, cinza dos elementos,
Sou como uma folha com a qual brincam os ventos.



Pois se é próprio do homem sábio
Constuir sobre pedra as fundações,
Eu, tolo, me comparo ao rio corrente,
Que sob o mesmo curso nunca permanece.

§
Via lata gradiormore iuventutis, inplicor et vitiisim memor virtutis, voluptatis avidus magis quam salutis, mortuus in animacuram gero cutis.
§


Sou levado embora como um navio sem timoneiro,
Assim como pelos caminhos do ar
Um pássaro é levado sem rumo;
Correntes não te seguram, chave não te segura,
Procuro pelos meus semelhantes e me junto aos perversos.
O peso do coração me parece um fardo;
A diversão não é prazerosa nem doce como um favo de mel.

Quicquid Venus imperat, labor est suavis,
que nunquam in cordibus habitat ignavis.
...

Percorro caminhos largos
À maneira da juventude, estou metido em vícios
E esquecido da virtude,
Ávido pela voluptuosidade mais do que pela saúde,
Morto na alma, cuido do meu corpo.

(Carl Orff)




O que é que há?

O que é que tá se passando

Com essa cabeça?

O que é que tá me faltando pra que

Eu te conheça melhor?

Pra que eu te receba sem choque

Pra que eu te perceba no toque das mãos

O teu coração...O que é que há?

Porque é que há tanto tempo

Você não procura meu ombro?

Porque será que esse fogo não queima

O que tem pra queimar?

Que a gente não ama

o que tem pra se amar

Que o sol tá se pondo e a gente não larga

Essa angústia do olhar...

Telefona! Não deixa que eu morra

Me ocupa os espaços vazios

Me arranca dessa ansiedade

Me acolhe, me acalma
Em teus braços macios!...


Fábio Jr.
Sérgio Sá

terça-feira, 8 de julho de 2008

Volver


Bajo el burlon mirar de las estrellas
que con indiferencia hoy me ven volver...

Vivir... con el alma aferrada a un dulce recuerdo que lloro otra vez...

Tengo miedo del encuentro con el pasado que vuelve a enfrentarse con mi vida...

Tengo miedo de las noches que pobladas de recuerdos encadenan mi soñar...

Pero el viajero que huye tarde o temprano detiene su andar...


Y aunque el olvido, que todo destruye, haya matado mi vieja ilusion,

guardo escondida una esperanza humilde que es toda la fortuna de mi corazón.

Vivir...
con el alma aferrada a un dulce recuerdo que lloro otra vez..."



Carlos Gardel/Alfredo Le Pera